Antes de ler o próximo parágrafo, feche os olhos e pense: qual é o maior ídolo vivo de sua vida, a pessoa por quem você daria tudo para conversar por pelo menos alguns minutinhos?
Escolheu? Agora imagine como seria conseguir essa proeza.
Pois foi exatamente o que aconteceu com o canadense Jerry Levitan quando ele tinha 14 anos, em maio de 1969. E o ídolo dele era ninguém menos do que John Lennon, quando os Beatles ainda existiam.
A experiência de Jerry transformou sua vida de tal maneira que virou inspiração para um filme de animação ("I Met the Walrus") e um livro, "Eu Conheci Lennon", que acaba de ser lançado no Brasil.
No primeiro capítulo, Jerry faz um resumo da história dos Beatles e situa o leitor sobre a monstruosa fama do quarteto na década de 1960.
Depois, vem a melhor parte: o relato detalhado do dia que Jerry considera o mais importante de sua vida. "A Day in the Life", literalmente.
Naquele mês, os EUA haviam negado ao cantor, crítico da Guerra do Vietnã, um visto de entrada no país. Entre um e outro "bed-in" --performance em que ele e Yoko Ono passavam dias numa cama de hotel falando sobre paz-- o astro passou por Toronto (Canadá), onde Jerry vivia.
O garoto ouviu no rádio, às 6h30, que John estava na cidade e, em vez de ir para a escola, descobriu o hotel em que ele estava, foi para lá, entrou no quarto e pediu uma entrevista.
John topou e lhe disse para voltar mais tarde. Durante o dia em que esteve na cidade, não conversou com mais ninguém. Apenas com Jerry, o sortudo.
Além de uma boa introdução à beatlemania, o livro não deixa de ser uma grande inspiração de vida. Afinal, quem nunca sonhou com algo parecido?
Paula Silva
Um comentário:
Parabéns Paulinha Lindinha, p/ reportagem, é c/ dor no peito que digo ao mundo hoje meu coração está de LUTO.
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